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Tendências para o RH

13 de ago. de 2021

13 de ago. de 2021

Tendências para o RH

O mundo do trabalho está passando por mudanças sem precedentes e é missão dos gestores de RH garantir que suas organizações e seus colaboradores tenham todas as ferramentas, habilidades, processos e suporte necessários para prosperar.

O mundo do trabalho está passando por mudanças sem precedentes e é missão dos gestores de RH garantir que suas organizações e seus colaboradores tenham todas as ferramentas, habilidades, processos e suporte necessários para prosperar.

A Covid-19 pode ser considerada um dos maiores aceleradores de transformação do modelo de trabalho de todos os tempos. A pandemia “forçou” um tipo de experimentação no modelo de trabalho que levaria anos, senão décadas, para acontecer: trabalhar remotamente, repensar as viagens de negócios e mudar os treinamentos presenciais para o virtual, são algumas das mudanças obrigatórias.O mundo do trabalho está passando por mudanças sem precedentes e é missão dos gestores de RH garantir que suas organizações e seus colaboradores tenham todas as ferramentas, habilidades, processos e suporte necessários para prosperar.A mudança é tão expressiva que, em junho de 2020, o Gartner conduziu uma pesquisa entre 127 empresas para descobrir seus planos para locais de trabalho pós-Covid. O levantamento revelou que 47% das empresas permitirão que seus funcionários trabalhem remotamente mesmo após a pandemia. Outras empresas (43% dos entrevistados) introduzirão dias flexíveis, para que os funcionários possam escolher entre trabalho remoto ou no local.Boa parte do mercado de trabalho passou a se basear na tecnologia para manter conectado os membros da equipe e clientes. Mas, além do uso de ferramentas tecnológicas para aproximar e conectar as pessoas, quais outras tendências principais que o RH está prezando, neste período de tantas mudanças e indefinições.

1. O RH deve intensificar as atividades e se tornar mais central para a estratégia da organização

 Quando as empresas passam por tempos incertos, os profissionais de RH precisam se preparar e guiar o mundo do trabalho para o futuro. Estar atento ao que acontece dentro e fora da organização fornece os insights necessários para lidar com um cenário de negócios em constante mudança. Uma maneira de se manter à frente e fornecer para a empresa uma visão prática será desenvolver estrategicamente o conjunto certo de habilidades. E qual é a melhor maneira de atingir os objetivos organizacionais? Contrate as pessoas certas com o conjunto certo de habilidades. Os profissionais de RH contarão cada vez mais com a tecnologia para entender precisamente o que seu pessoal pode trazer para o cotidiano do trabalho, bem como quais habilidades estão faltando para atender e superar as metas estimadas pela companhia.

2. Adoção de modelos de trabalho híbrido

Um escritório híbrido é uma das tendências mais fortes durante a pandemia. É possível oferecer ao colaborador uma abordagem versátil para organizar um local de trabalho: parcialmente remoto, o que implica que parte da força de trabalho trabalhe remotamente e outra parte trabalhe no local. É um cenário típico para empresas que não podem mover alguns de seus processos para o remoto devido a limitações de segurança. Um modelo é ter horários ou dias remotos flexíveis, para que os colaboradores possam gerenciar seus fluxos de trabalho e trabalhar parte do tempo fora do escritório. Uma outra possibilidade é a organização de escritório semelhante a um co-working, no qual os funcionários não têm uma mesa ou local de trabalho dedicado. Eles reservam os espaços de trabalho com antecedência, assim que decidem trabalhar no local. Por isso, as empresas estão repensando maciçamente sua estratégia imobiliária, recusando aluguéis de escritórios de longo prazo e investindo em espaços que funcionarão apenas como salas de reunião.

3. Foco na experiência do colaborador

Uma pesquisa recente da Udemy - um marketplace de cursos online com mais de 155 mil cursos e 40 milhões de alunos - mostrou que a demanda por qualificação cresceu para 38% em 2020. Como comparação, em 2019 esse número era de apenas 14%. Os dois últimos anos trouxeram desafios como demissões, aumento do número de licenças médicas e transição para o trabalho remoto. Para permanecer ágil e se adaptar aos desafios do mercado externo, as organizações devem implementar iniciativas de qualificação para ajudar seus colaboradores a se manterem competitivos no mercado de trabalho. Um dos motivos mais comuns para a rotatividade de funcionários é a ausência de crescimento e perspectiva pessoal. Por esse motivo, desafiar constantemente os funcionários para que aprendam novas habilidades é fundamental.A humanidade está passando por uma das maiores crises da história e o mundo do trabalho está o tempo todo sendo lembrado disso. Agora, se foi possível extrair algo positivo deste momento, é que ele alimentou um “movimento mundial” para trazer as pessoas (e, portanto, o RH) de volta ao centro das organizações.

4. Tecnologia aplicada ao RH para otimizar processos

Não se espera que a tecnologia substitua o ser humano em Recursos Humanos. Pelo contrário.Compreende-se que a tecnologia libere mais tempo para os profissionais de RH. Um tempo que eles podem dedicar a tarefas de maior valor, como a construção de estratégias para desenvolver os colaboradores.Uma das principais tendências apontadas para essa otimização do tempo é que o RH seja orientado por dados. Os dados sobre os colaboradores são muito importantes - em quais tarefas são (ou não) bem-sucedidos, em que se esforçam e o que precisam para ser mais eficazes no trabalho são questões imprescindíveis para serem respondidas sobre uma equipe. A maioria dos times agora depende fortemente de dados para tomar decisões mais acertadas que certamente irão afetar positivamente as organizações.

5. Expansão de iniciativas de diversidade e inclusão

As empresas devem reconhecer o impacto da diversidade nas equipes para a inovação do  negócio, na lucratividade e no moral da equipe. Segundo o estudo “A diversidade como alavanca de performance”, publicado pela consultoria americana McKinsey, empresas com mais diversidade de gênero em cargos executivos têm 21% mais chance de ter lucros acima da média que as que apresentam pouca diversidade. No caso de diversidade étnica, isso é ainda mais aparente: 33%.Para fazer essa gestão, existe a Inteligência Artificial (IA). A tecnologia serve para neutralizar fases sensíveis dos processos de contratação, reduzindo vieses envolvidos e também na gestão de pessoas. É necessário priorizar o uso da Inteligência Artificial a fim de desmistificar o modelo de profissional que faz a diferença para o negócio. A IA tem a real capacidade de aprendizado de evitar a discriminação.Se bem aplicada, a Inteligência Artificial poderá garantir que todas as pessoas sejam analisadas e geridas de forma equânime e que – por alguma razão preconceituosa – teriam poucas chances de serem chamados para uma entrevista, para uma promoção, uma mudança de Departamento, ou uma reavaliação de ganhos salariais.

6. Cuidado com a saúde mental de colaboradores

Uma pesquisa do International Stress Management Association (ISMA) revelou que nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentaram sintomas de ansiedade e 47% deles tiveram sinais de depressão em algum nível. Os colaboradores estão se sentindo “esgotados” e abordam vários fatores de estresse, incluindo a falta de separação entre o trabalho e a casa, cargas de trabalho incontroláveis ​​e preocupações com a segurança no emprego.As empresas devem se preocupar com a qualidade de vida dos colaboradores oferecendo programas de bem-estar físico, incluindo saúde mental e emocional, desenvolvimento de carreira, planejamento financeiro, formação de equipes e reconhecimento.  Este é o momento perfeito para moldar o futuro do trabalho com base em como os funcionários se sentem confortáveis ​​trabalhando. Um exemplo concreto disso é garantir que os que trabalham remotamente tenham todo o equipamento necessário para trabalhar, a partir de casa, nas melhores condições de equipamento e conforto.É fundamental para os gestores de RH defenderem um equilíbrio, tornando-se exemplo de autocuidado e eliminando qualquer tipo de estigma que faça com que o colaborador não se sinta confortável de falar abertamente sobre estresse, frustrações, expectativas e ansiedades.