Quanto mais o tempo passa, mais se cobra diversidade. O público consumidor assumiu um comportamento de vigilância, realmente acompanhando as ações das empresas e fazendo questão de deixar de consumir nela caso algo de errado seja encontrado. Por isso, muitas empresas começaram a investir na reconstrução da equipe, da identidade visual e da missão para atender a essa nova demanda.
A inclusão nas empresas é um movimento muito positivo, pois existem no mercado de trabalho inúmeros profissionais incríveis, que não puderam mostrar sua capacidade e, agora, eles podem ter a oportunidade de contribuir no crescimento do seu local de trabalho.
Entretanto, infelizmente, muitas empresas reformulam totalmente a sua campanha de marketing, mostrando para os consumidores o quanto eles apostam em diversidade e inclusão, e contam com um RH que também propaga dentro da empresa informações sobre o assunto, mas ainda têm líderes que não abordam essas questões e isso faz com que toda a política de diversidade nas empresas caia por terra.
Assim, muitas pessoas fora de um padrão são contratadas, estão aparecendo nas campanhas mas quando vão trabalhar mesmo são deixadas de lado, duvidam de sua capacidade e até mesmo sofrem preconceito do líder e dos colegas de trabalho.
Qual o papel do líder na diversidade?
Não adianta pessoas diversas serem admitidas em sua empresa se elas não podem exercer o seu trabalho com tranquilidade ou mostrar o seu potencial de crescimento. O líder entra, nesse sentido, como a pessoa que irá garantir que essas pessoas possam adentrar esses cenários e fazer com que a empresa cresça consideravelmente, não sendo esse colaborador somente uma estratégia de marketing e uma política de RH.
Por isso, o líder precisa dar espaço para que ele trabalhe em inúmeros projetos, precisa avaliar imparcialmente as ideias desse funcionário e acatar caso possível, não tolerar nenhuma discriminação nesse setor e realmente fazer com que o ambiente de trabalho seja confortável para todos os colaboradores.
As diversas desculpas
Essa situação recorrente de a empresa vestir uma roupa de diversidade mas não ter líderes e outros colaboradores que contribuam com essa nova missão já foi detectada tanto pela equipe de RH quanto pelos próprios consumidores e, a partir daí, já houveram inúmeros questionamentos da razão pela qual isso acontece.
Surgem, nesse sentido, inúmeras desculpas dos líderes que são, muitas vezes, apoiados pela visão da diretoria que em algumas situações só aceitam a vestimenta de diversidade para atingir os consumidores e vender mais. Para acabar com as desculpas em sua empresa, é preciso primeiro conhecê-las. Saiba quais são:
Não conseguimos encontrar pessoas qualificadas
Por muito tempo a ideia de competência no trabalho esteve vinculada com a imagem padrão, seja de vestimenta, seja de estética ou mesmo de sexo e a opção sexual em si. Por isso, inúmeros líderes enxergam as pessoas incluídas por meio de políticas de diversidade como incompetentes e, por isso, elas não saberiam trabalhar de maneira correta.
Por isso, existe essa desculpa de que mesmo que se tentassem seria muito difícil encontrar alguém que tenha características que poderiam ser incluídas na procura por diversidade que seja um talento e que traga resultados significativos para a empresa.
A realidade é que uma vez que se faz um esforço consciente para superar esses vieses discriminatórios, empresas podem identificar que existem sim muitos profissionais qualificados em grupos minoritários.
Não conseguimos lidar com a situação
A inclusão de pessoas diversas no ambiente de trabalho traz algumas situações que podem ser desagradáveis, como atos de preconceito. Os líderes costumam afirmar que não sabem lidar com esse tipo de acontecimento e por isso eles não pregam a questão da diversidade nos meios de trabalho.
Mesmo que não haja nenhuma situação constrangedora, os líderes continuam afirmando que não sabem lidar com as pessoas fora de padrões estabelecidos, não sabem como as tratar, como conversar com elas, entre outras ações.
Esse tipo de postura e comportamento indica que são necessários treinamentos e esforços do próprio líder para questionar seus preconceitos e desconfortos, para que seja capaz de liderar todo tipo de equipe de forma coerente e profissional.
Precisamos fazer a empresa crescer
A desculpa dada pelos líderes que falam que é preciso primeiro fazer a empresa crescer para depois começar a pensar em proporcionar um ambiente de trabalho adequado para a diversidade está muito atrelado com aquele premissa de que essas pessoas diversas não são competentes e, por isso, não podem contribuir para o sucesso da empresa de forma ativa.
Assim, esses líderes continuam tendo na cabeça a ideia de que apenas um certo tipo de pessoa é realmente competente e continua apostando no mesmo cenário em prol do "crescimento efetivo da empresa", sem pensar em como as mais diversas pessoas contribuíram nesse aspecto.
Diversas pesquisas já atestam inclusive que equipes mais diversas tendem a entregar resultados melhores para a empresa, e contribuem positivamente para o seu crescimento.
A cultura da empresa já é inclusiva
Muitos líderes tiram a responsabilidade de si e colocam totalmente na identidade da empresa, ou seja, se o negócio já se vende como diversa e fala que é inclusiva os líderes não precisam também pregar essa causa. Isso faz com que haja um sentido de que eu, líder, não preciso fazer nada pois os outros setores já fazem por mim.
Essa é uma linha de raciocínio muito perigosa pois os líderes têm um papel muito importante a ser desempenhado no sucesso efetivo tanto da empresa quanto dessas políticas de inclusão.
O que os líderes podem fazer para trabalhar melhor a inclusão
É preciso que os líderes escutem e estudem sobre as questões de diversidade de coração aberto, para se desprender de qualquer preconceito estabelecido e conseguir realmente incluir essas pessoas no serviço. Além disso, é muito importante que ele seja a pessoa que trabalhará para garantir que aquele ambiente de trabalho seja seguro, por isso, é necessário não ser omisso.
Apesar disso, é preciso ter cuidado para não tentar tirar o protagonismo dessas pessoas como o "defensor", elas não precisam de herói, só de um lugar de trabalho adequado. Os líderes também precisam se lembrar que errar é normal, tanto para eles quanto para os colaboradores, o importante é aprender com o erro.
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