Com a chegada da pandemia causada pelo Covid-19, home office, trabalho híbrido, calls e auxílio saúde mental foram termos que passaram a ser conhecidos no mundo corporativo. Mas há mais: The Great Resignation, ou, traduzindo para o português, a "Grande Resignação" que consiste num movimento de demissões frequentes e não aceitação de modelos de trabalho ultrapassados por parte dos trabalhadores espalhados pelo mundo.
O que é a Grande Resignação?
A Grande Resignação (The Great Resignation ou The Big Quit) foi o nome que Anthony Klotz, professor de Administração da Universidade do Texas, deu ao movimento de demissões em massa que começou a se propagar pelo mundo corporativo em maio de 2021. Durante agosto de 2021, 4 milhões de estadunidenses se demitiram de empregos, maior número de demissões desde antes da pandemia. No Brasil, o número é de aproximadamente 400 mil por mês, nos anos da pandemia.
Então, o movimento tem sinalizado alerta em lideranças e profissionais de RH espalhados pelo mundo para que ocorra uma transformação expressiva no mercado de trabalho e no posicionamento de profissionais. Dessa forma, o protagonismo de carreira, que muitos deles vêm conquistando, obriga as empresas a reavaliar seus modelos de trabalho e a buscar se reinventar para atrair novos talentos.
Movimento nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o movimento possui dois grandes estímulos: por um lado, os profissionais estão insatisfeitos com as ofertas de subempregos e as demandas cansativas de empregos qualificados. Por outro, os modelos de gestão estão afastando uma força de trabalho que enxerga a cultura organizacional das corporações como um ambiente nocivo.
Movimento no Brasil
No Brasil, existem algumas semelhanças, como a procura por melhores condições de gestão, qualidade de vida e salários. Em contrapartida, devido ao home office, empregos nas áreas de tecnologia e serviços passam a contratar brasileiros que estão espalhados pelo mundo, oferecendo salários mais justos.
O que um gestor precisa saber durante a Resignação?
A Grande Resignação alterou as regras do jogo para profissionais e empresas, com novas dinâmicas que precisam ser internalizadas. Ao comandar uma equipe, o profissional precisa ter a ciência de que mesmo sem outras perspectivas, um grande número de colaboradores pode considerar sair da empresa caso se sinta estagnado onde está.
Turnover de funcionários
O turnover, unidade de medida de rotatividade de pessoas, é um dos maiores medos dos gestores. Se apresentar um percentual muito elevado, ele pode ser muito custoso a longo prazo.
Considere o treinamento investido – horas e tempo para capacitar um profissional, que acabará levando esse conhecimento para outra empresa. Depois, ainda existe o custo de contratação e treinamento de um novo profissional para substituir aquele que deixou a empresa.
Pandemia e trabalho remoto
Com a pandemia de Covid-19, em virtude do isolamento social, muitos profissionais se viram obrigados a se adaptar ao trabalho remoto e ao home office. Essa tendência, aliada à pejotização de profissionais, fez com que muitos fossem em busca de um segundo ou terceiro emprego simultâneo. O modelo de cobrança por horas deixa de fazer sentido, visto que o colaborador olha para isso e se pergunta: será que vale a pena?
Modelos on demand de trabalho, já conhecidos em linhas toyotistas de produção, são o novo diferencial de empresas que queiram contratar. “Trabalhamos por demanda” se torna um lema que atrai ainda mais profissionais, que enxergam nisso a oportunidade de conciliar tudo que almejam.
Organização via redes
A organização entre trabalhadores via redes sociais vinha se estabelecendo desde o movimento Occupy Wall Street, do ano de 2011. Desde grupos que denunciam vagas com superqualificação e salários injustos até denúncias em redes sociais como o LinkedIn, a organização via redes sociais afeta significativa a imagem de marcas e empresas.
São atitudes como essas que asseguram o Social de ESG, fundamental para sociedades anônimas. Ter a ciência que seu desempenho e gestão serão avaliados online é muito importante.
Movimento Anti-trabalho
O movimento anti-trabalho nasceu como uma comunidade na rede social Reddit, com o nome r/antiwork, mas, atualmente, reúne milhões de seguidores espalhados ao redor do mundo. Os temas são encarados como “vanguarda” nas discussões sobre trabalho, e muitas das demandas - como trabalho on demand e a defesa mais acentuada do trabalho remoto após a pandemia - manifestaram-se nesta comunidade.
Como lidar com a Grande Resignação?
Proporcionar um ambiente corporativo saudável traz benefícios não somente para os empregados, mas afeta de forma direta os resultados da empresa. Afinal de contas, colaborador satisfeito é colaborador produtivo.
Dessa forma, contar com uma cultura organizacional forte já é meio caminho andado. O sentimento de pertencimento a um lugar pode cortar o mal pela raiz, isto é, evitar que o funcionário sequer passe a considerar um pedido de demissão. Esse senso de comunidade, aliás, é uma das maneiras de prezar pela saúde mental das equipes, reduzindo a probabilidade de problemas mais graves, como o burnout.
Porém, não há profissional no mundo que vá se afeiçoar à cultura organizacional sem ter o seu trabalho e dedicação sendo valorizados. E não há melhor maneira de reconhecer a importância dos funcionários do que promover pacotes de benefícios que os ajudem não só no dia a dia profissional, mas também em sua vida fora da empresa.
Auxílio saúde, vale refeição, vale transporte e o auxílio home office são ótimos exemplos de benefícios. Assim, uma empresa que ofereça essas vantagens, têm mais chances de vencer a concorrência na disputa pelos melhores talentos.
Como contratar os melhores talentos?
A Rocketmat possui uma solução completa para recrutamento e seleção do Brasil. Através de uma Inteligência Artificial, a empresa é capaz de identificar os melhores candidatos, diretamente no software de recrutamento usado pela sua empresa. Ademais, a Rocketmat compreende o caminho percorrido pela sua equipe de ponta a ponta, usando um sofisticado mecanismo de previsibilidade de turnover, que consegue explicar as variáveis de sucesso e insucesso de funcionários, proporcionando maior previsibilidade para a rotina da corporação.
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